Os sete corintianos que foram soltos na quinta-feira (6) pela Justiça da Bolívia, após mais de cem dias presos, devem chegar neste domingo (9) ao Brasil, segundo informou ao
G1 um dos seus advogados. Apesar disso, parentes dos torcedores ouvidos pela equipe de reportagem disseram que parte desse grupo quer continuar em Oruro até a libertação dos outros cinco torcedoresque continuam detidos na penitenciária San Pedro, em Oruro. A situação destes deverá ser definida até o fim do mês. O pedido de liberdade teria sido feito pela defesa.
Esses 12 corintianos haviam sido presos no dia 20 de fevereiro sob suspeita de autoria e cumplicidade no disparo de um sinalizador que matou o torcedor boliviano Kevin Espada, de 14 anos, no jogo entre Corinthians e San José, pela Libertadores, na Bolívia. Todos negam envolvimento no crime.
“Os torcedores vão pegar um avião na Bolívia, no domingo pela manhã, e devem chegar à tarde ao aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos [na Grande São Paulo]”, disse neste sábado (8) o advogado Davi Gebara, que alega defender os interesses da Gaviões da Fiel e de seus integrantes.
Segundo o defensor, existe a possibilidade de outros torcedores que estão em São Paulo irem ao saguão do aeroporto recepcionar os colegas corintianos que foram soltos.
Em depoimento prestado no Consulado da Bolívia em São Paulo, um adolescente de 17 anos, integrante da Gaviões, confessou ter sido o autor do disparo do artefato que matou Kevin. O menor brasileiro deverá ser responsabilizado pelo assassinato do boliviano.
Os corintianos soltos são: Tadeu Macedo Andrade, Rafael Machado Castilho Araújo, Tiago Aurélio dos Santos Ferreira, Cléber de Souza, Danilo Silva de Oliveira, Hugo Nonato e Fábio Neves Domingos.
Na Bolívia, quatro desses torcedores deram entrevista exclusiva ao
Jornal Nacional. Na reportagem que foi ao ar na sexta-feira (7) o brasileiro Tiago Ferreira afirmou que o grupo não ficou totalmente satisfeito porque cinco colegas ainda estão presos.
Por telefone, a mulher de um dos corintianos soltos falou nesta manhã ao
G1 que não é certeza que seu marido retornará ao Brasil. “Ele me ligou para dizer que só deixará aquele país quando os outros cinco forem soltos”, disse a esposa do torcedor, que pediu para não ter seu nome publicado.
FONTE:
G1.COM.BR DEIXE NOS COMENTARIOS SUAS MENSAGENS AOS CORINTIANOS